domingo, 17 de março de 2013

A invasão britânica continua: The Rolling Stones


       Se existe o bem e o mal estamos bem servidos, enquanto os Beatles de terno se apresentavam como bons garotos os Rolling Stones eram aquele tipo de banda a qual sua filha nunca deveria ir num show. Rock e pancadaria andaram juntos por um bom tempo, pelo menos quando se falava dos Stones, bom ou não, o fato é que eles entraram pra história com essa mistura literalmente sangrenta e, hoje, 17.03.13 a banda tem mais de meio século de estrada, descubramos como tudo isso aconteceu.
                                                                           The Rolling Stones (década de 1960)

          No início da década de 60 os Rolling Stones estavam captando a agressividade e a crueza da música negra no Blues britânico eles vendiam música e sexo, emoção bruta e rebeldia sexual. Os shows eram no mínimo complicados, aonde quer que fossem o público era compelido a se expressar fisicamente indo de invasões ao palco, murros na cara, beijos e cadeiras atiradas ao palco. O estilo vocal de Jagger e suas performances inspiradas em música negra reforçavam a reação, ele balbuciava, resmungava e berrava sua libertação fazendo beicinho e dançando por todo o palco lembrando que o físico poderia ser interpretado como sexo, e sexo significava normalmente, rebeldia.

                                                                    The Rolling Stones (Altamont - Califórnia - saldo: 4 mortos)

            Suas letras ficavam nos parâmetros românticos normais e algumas usavam de temas como tristeza, depressão ou crítica, e ao fim da década de 60 suas temáticas estavam impregnadas de raiva, violência, referências sangrentas, assassinatos, invasões e estupro. A música Sympathy for de Devil prestava uma homenagem ao demônio cantada em primeira pessoa reforçando a imagem já negativa da banda que foi retratada como satanista. 

                                                                                               The Rolling Stones

        Os Stones apresentaram vários elementos aos fãs da música negra como o comportamento sexual, agressividade e crueldade além de Mick Jagger reproduzir muitos atributos como a pronúncia arrastada e emocional do Blues, o vocal agressivo e sua presença sensual no palco. A guitarra de Keith intercalava ritmos e frases inspiradas no Rock clássico e no Blues. Enquanto a revolução sexual dos anos 60 se espalhou, Mick despido da cintura pra cima era uma visão andrógina que sugeria ao público gratificação sexual imediata. Os Stones criaram a mais bem sucedida fusão artística (e comercial) do R&B, Blues e Rock And Roll da década de 1960.

                                                                                                                      The Rolling Stones (2013)

Abaixo, um ótimo video que define bem o que eram e o que representavam os Stones socialmente falando e dispensa outros mais.


OBS: Tudo que está escrito aqui é um hiper resumo e convém buscar por conta própria muitíssimas outras informações a respeito de cada parágrafo. Formular e responder questões, aprofundar o assunto, ir até as fontes e ampliar o conteúdo lido; é impossível abarcar todas as relações entre os fatos que aconteceram num blog, e aliás, o que mais sinceramente me interessa é que a partir disso vocês busquem e construam cada um a sua versão da história do Rock. Pedra que rola não cria limo!


                                                                                   Edinei Fábio de Vale (Funxo)

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